Tipos de Lubrificantes – óleo
Podemos também definir a lubrificação como a separação de dois elementos mecânicos em movimento. Isso vale também para uniões sob pressão (parafusos), que mesmo paradas, sofrem micro movimentos (vibrações), gerando assim, atrito e desgaste.
Tudo e qualquer desgaste pelo contato físico decorrente de algum tipo de movimento relativo entre componentes pode ser tratado como um problema de lubrificação.
Na indústria de maneira geral o mais comum é utilizar a lubrificação com o propósito de prevenir o contato metálico direto entre os corpos rolantes e as pistas (rolamentos). Isto se consegue através da formação de uma película fina de óleo ou graxa sobre as superfícies de contato. Entretanto, para os rolamentos/engrenamentos a lubrificação tem as seguintes vantagens:
Redução do atrito e do desgaste
Dissipação do calor por atrito
Aumento da Vida útil
Prevenção da oxidação
Proteção contra elementos nocivos
Para alcançar os efeitos mencionados acima, deve ser selecionado o método de lubrificação mais eficiente para as condições de funcionamento.
Adicionalmente, a escolha de um lubrificante confiável e de boa qualidade é de fundamental importância.
Outro requerimento, é o tipo efetivo de estrutura vedante que previna a invasão de elementos nocivos (pó, água, etc.) para o interior do sistema e que remova poeira e outras impurezas do lubrificante, além de prevenir a fuga de lubrificante para o exterior.
Tipos de lubrificantes
Para a lubrificação de qualquer elemento de máquina precisamos em primeiro lugar definir quais tipos de lubrificantes vamos aplicar.
Para facilitar a escolha mais adequada precisamos sempre saber em primeiro lugar, qual vai ser o ambiente onde a temperatura, velocidade ou rotação, dificuldade de acesso, presença de contaminantes são determinantes na escolha do lubrificante
De modo geral podemos escolher entre 4 tipos de lubrificantes:
Lubrificantes oleosos,
Lubrificantes graxosos
Lubrificante pastoso
Lubrificante seco
Óleos Lubrificantes
Óleos minerais
São usados como lubrificantes com uma adequada viscosidade, originados de petróleos crus e beneficiados através de refinação. As propriedades e qualidades destes lubrificantes dependem da proveniência e da viscosidade do petróleo cru. Quando falamos em óleos minerais temos de distinguir três tipos:
Óleo mineral de base naftênico
Enquanto os hidrocarbonetos parafínicos formam em sua estrutura molecular correntes, os naftênicos formam em sua maioria ciclos. Os naftênicos em geral são usados, quando necessitamos produzir lubrificantes para baixas temperaturas. Desvantagem dos naftênicos é sua incompatibilidade com materiais sintéticos e elastômeros.
Óleo mineral de base parafínico
O nome ¨Parafina¨, de origem Latin, indica, que estas ligas químicas são relativamente estáveis e resistentes e não podem ser modificadas facilmente com influências químicas. Sendo assim as parafinas tendem a não oxidar em temperaturas ambientes ou levemente elevadas. Nos lubrificantes eles são partes resistentes e preciosos, que não ¨envelhecem¨ ou somente oxidam de forma lenta. Contém em sua composição química hidrocarbonetos de parafina em maior proporção, demonstra uma densidade menor e é menos sensível a alteração de viscosidade/temperatura. A grande desvantagem é seu comportamento em temperaturas baixas: as parafinas tendem a sedimentar-se.
Óleo mineral de base misto
Para atender as características de lubrificantes conforme necessidade e campo de aplicação a maioria dos óleos minerais é misturada com base naftênico ou parafínico em quantidades variados.
Óleos sintéticos
São, ao contrário dos óleos minerais, produzidos artificialmente. Eles possuem, na maioria das vezes, um bom comportamento de viscosidade-temperatura com pouca tendência de coqueificação em temperaturas elevadas, baixo ponto de solidificação em baixas temperaturas, alta resistência contra temperatura e influências químicas. Quando falamos em óleos sintéticos temos de distinguir cinco tipos diferentes:
Hidrocarbonetos sintéticos
Entre os hidrocarbonetos sintéticos destacam-se hoje com maior importância de um lado os polialfaoleofinas (PAO) e os óleos hidro craqueados. Estes óleos são fabricados a partir de óleos minerais, porém levam um processo de sintetização, o qual elimina os radicais livres e impurezas, deixando-os assim mais estável a oxidação. Também se consegue através desde processo um comportamento excelente em ralação a viscosidade-temperatura. Estes hidrocarbonetos ¨semissintéticos¨ atingem IV (Índices de Viscosidade) até IV= 150.
Poliolésteres
Para a fabricação de lubrificantes especiais, fluidos de freios, óleos hidráulicos e fluidos de corte os poli-alquileno-glicóis, miscível ou não miscível em água tem hoje cada vez mais importância.
Diésteres
São ligações entre ácidos e álcoois através da perda de água. Certos grupos formam óleos de éster que são usados para a lubrificação e, também, fabricação de graxas lubrificantes. Os diéster estão hoje aplicados em grande escala em todas as turbinas da aviação civil por resistir melhor a altas e baixas temperaturas e rotações elevadíssimas. Dos óleos sintéticos eles tem o maior consumo mundial.
Óleos de silicone
Os silicones destacam-se pela altíssima resistência contra temperaturas baixas, altas e envelhecimento, como também pelo seu comportamento favorável quanto ao índice de viscosidade. Para a produção de lubrificantes destacam-se os Fenil-polisiloxanes e Methil-polisiloxanes. Grande importância tem os Fluorsilicones na elaboração de lubrificantes resistentes a influência de produtos químicos tais como solventes, ácidos etc.
Poliésteres Perfluorados
Óleos de flúor- e fluorclorocarbonos tem uma estabilidade extraordinária contra influência química. Eles são quimicamente inertes, porém em temperaturas acima de 260°C eles tendem a craquear e liberar vapores tóxicos.
Sem um programa de Lubrificação adequado e um programa de Contaminação Zero implantado, a Confiabilidade não existe!
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